Na tarde do dia 29 de fevereiro de 2024, as turmas 5º C, E, F, H e 6º C, D, E, G, e H participaram numa sessão interativa denominada “Redes Sociais”, no âmbito do Dia da Internet mais Segura, dinamizada pelos inspetores da Polícia Judicial (PJ) de Braga, Carla Candeias e João Martins.
Nos primeiros momentos da sessão, a inspetora falou-nos sobre o aumento dos crimes no meio informático (cibercrime) durante o período da pandemia, principalmente através do acesso indevido às contas bancárias das pessoas, em virtude de passarem a efetuar preferencialmente as compras por meio informático.
Num segundo momento, a inspetora falou-nos sobre os três tipos de polícia: a Polícia Judiciária (PJ), a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP).
Posteriormente, mencionou as missões de cada uma das instituições relativamente à atuação neste tipo criminalidade:
- A Polícia Judiciária (PJ), através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica, previne e combate o fenómeno do cibercrime mediante a identificação dos seus autores e da recolha de provas;
- A Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) atuam na prevenção da criminalidade em geral, em coordenação com as demais forças e serviços de segurança, desenvolvendo ações de investigação criminal e contraordenacional que lhe sejam atribuídas por lei, delegadas pelas autoridades judiciárias ou solicitadas pelas autoridades administrativas, contribuindo para a formação e informação em matéria de segurança dos cidadãos.
O Cibercrime é o nome dado a qualquer prática ilícita e ilegal praticada através de meios informáticos. São crimes direcionados a equipamentos tecnológicos (computadores, tablets, telemóveis, etc.…) e redes, realizados através da Internet.
No cibercrime estão incluídos vários crimes, como por exemplo, ameaças por SMS, fraude por e-mail, roubo de identidades (informações pessoais são roubadas e usadas), Cyberbullying e Ciberextorção (exigir dinheiro para evitar um ataque ameaçado).
Este tipo de criminalidade está a ficar cada vez mais “refinado”, fazendo com que as forças da segurança (PJ, GNR e PSP) tenham que adotar uma nova postura perante esse avanço, nomeadamente, através da prevenção.
Assim, perante este tipo de ataques informáticos, deve-se adotar determinados comportamentos, nomeadamente:
- Evitar ligações de wifi “abertas” (redes públicas às quais se pode aceder sem necessidade de password);
- Fechar sempre a sessão;
- Utilizar um programa antivírus adequado;
- Não aceder a links e anexos desconhecidos;
- Não abrir “janelas” que aparecem no browser durante uma navegação alertando o usuário que o seu computador está infetado;
- Não responder a comunicações provenientes de desconhecidos;
- Não utilizar dados pessoais em palavras-chave e frases de segurança (como a data de nascimento, o nome da mãe ou de um animal de estimação);
- Evitar guardar documentos importantes em localizações não seguras (não-encriptadas);
- Não enviar informação confidencial por email ou por qualquer sistema de troca de comunicações não encriptado;
- Privilegiar informação obtida através de fontes oficiais e plataformas seguras;
- Inserir credenciais em websites fiáveis e que encriptam a informação inserida (HTTPS).
Segundo dados de fontes oficiais (Gabinete Cibercrime da PGR), as redes sociais mais afetadas por este fenómeno são o Instagram e o Facebook, nas quais os criminosos, depois de acederem às contas, alteram as credenciais e contactos associados, impossibilitando assim o utilizador de poder entrar ou recuperar o acesso.
Os inspetores presentes na ação de sensibilização abordaram também a temática da dependência digital, nomeadamente através do uso excessivo do telemóvel.
Este tipo de dependência reflete-se em comportamentos que geram situações de mudança de humor, ansiedade, isolamento, entre outros, tornando-se mais preocupante por incidir principalmente sobre as pessoas que são mais vulneráveis ou que se encontram numa situação de imaturidade emocional, independentemente da idade, género ou classe social.
Todas as atividades online realizadas pelas pessoas em computadores, telemóveis, entre outros, aquando do acesso a plataformas/serviços digitais, podem ser rastreáveis em virtude de deixar um conjunto de sinais, registos, provas ou marcas (vestígios digitais), designados por “Pegada Digital”.
A expressão “pegada” descreve exatamente um rasto, uma prova de que alguém esteve ali e que pode ser seguido e identificado através dessa prova.
Por fim, os inspetores da PJ, Carla Candeias e João Martins, aconselharam os jovens a adotarem comportamentos seguros e responsáveis, procurando adquirir hábitos saudáveis e limitar as atividades que incluem a utilização de computadores e telemóveis.
Miguel Barros e Francisca Gorra, 6ºD